A dança do ventre tem suas origens históricas desconhecidas, mas a mais aceita dentre suas teorias é que surgiu no Antigo Egito, em rituais religiosos onde as mulheres dançavam como forma de reverência reproduzindo os movimentos da natureza. Através da dança celebravam a vida e se conectavam com o sagrado, a dança de seus ventres se conectando com o ventre maior da terra, da vida e da humanidade.
Atualmente conhecida e difundida pelo mundo como uma arte oriental árabe passou por diversas influências em termos técnicos, metodológicos e artísticos em diferentes épocas e países.
Nas aulas dessa modalidade trabalha- se a técnica como um caminho essêncial de criação cênica e saúde. Os movimentos executados corretamente promovem bem estar, o fortalecimento do assoalho pélvico e a consciência corporal através dos movimentos do ventre, braços e toráx combindados a músicas tradicionais e contemporâneas. Em algumas aulas pequenas sequências coreograficas para prática em casa com giros e deslocametos.
Além disso, nas aulas pretende-se trabalhar um pouco das histórias ligadas a dança do ventre: seu contexto mitológico sagrado/religioso, no contexto árabe, a dança do ventre no cinema, nos cabarés, no Brasil e atualmente. Histórias e imagens que foram construídas e influenciaram nosso imaginário sobre essa arte com o objetivo também de entender qual é a dança do ventre que nos move a fechar os olhos e nos reconectar com o nosso sagrado.
No mês de Fevereiro no Bon Vivant Studio de Dança será trabalhado a dança do ventre com o fan véu (véu leque) um elemento cênico Chinês que foi incorporado a dança do ventre.
A professora: Anita Malcher
Nasceu em uma família de artistas (atrizes, dançarinas e músicos). Iniciou a dança do ventre aos 5 anos de idade encantada com os sons, o brilho e os quadris que contavam histórias ancestrais da sua tia dançarina e professora de dança do ventre. Durante sua trajetória artística entrou em contato com as diversas vertentes da dança do ventre se interessando principalmente pelas fusões nas danças orientais com outros ritmos musicais e com o estudo dos elementos cênicos como leques (fan véu e feather fans). Formada em licenciatura em dança pela Universidade Federal do Pará (UFPA) seu trabalho de conclusão de curso (TCC) foi acerca da influência da dança árabe em uma dança popular paraense.
Atualmente Anita Malcher faz mestrado em teatro na UDESC e nos ultimos anos vem desenvolvendo pesquisas teóricas e práticas sobre a arte burlesca.